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A MÃE RÚSSIA ESTÁ DEVOLTA.

Posted in Ciência, Geo-politica with tags , , , on março 19, 2010 by opiniaoindependente

O mês de agosto de 2007 foi um ano marcante para a realidade bélica do mundo. Nesse mês, a Rússia retomou as patrulhas aéreas de longo alcance com seus bombardeiros estratégicos. Esses vôos de longo alcance se aproximaram de importantes bases americanas e da OTAN. Pelo mundo inteiro, os radares captaram as grandes imagens geradas unicamente pelos bombardeiros russos. Em especial os famosos Tupolev TU-95. Uma aeronave fantástica que constitui a espinha dorsal da aviação estratégica deste país. Em alguns destes vôos, outra grande aeronave do arsenal russo fez sua estréia. O TU-160, o mais avançado e veloz bombardeiro russo.

Em todos os casos, os bombardeiros foram interceptados por caças das nações “visitadas” e escoltados para longe de forma pacífica. Porém, a mensagem transmitida pelo retorno destes vôos que haviam deixado de acontecer com o fim da União Soviética foi bem clara. A Rússia não deixará seu lugar na influência geopolítica do mundo. E de fato, bombardeiros intercontinentais surgindo em vários pontos do planeta foi uma forma bem forte de dizer isso.

Os russos assim como os americanos são uma força militar respeitável e que não deve ser subestimada.  A justificativa de Vladimir Putin, presidente da Rússia na época, era que o abandono dos vôos colocava a segurança nacional em risco e por isso os vôos foram reiniciados e continuam sendo realizados ate hoje.

Recentemente, a Rússia mostrou mais uma vez a força de sua tecnologia bélica ao realizar o vôo de seu projeto de caça Stealth. O primeiro vôo do PAK-50 foi executado em janeiro deste ano em uma base aérea onde funciona o setor de desenvolvimento da fábrica Sukkoi. O teste foi um sucesso completo e significa um retorno da Rússia ao mercado de tecnologia militar.

De fato, o Brasil chegou a ser cogitado em 2008 para integrar os países que participam do desenvolvimento da aeronave. Porém, um acordo não chegou a ser assinado. Mais uma vez, por questões políticas, o país perdeu uma grande chance de desenvolver projetos de tecnologia de ponta e o PAK-50 seria para a indústria aeronáutica nacional, uma oportunidade de ouro. Este repórter só tem a lamentar.

Invés disso, tudo indica que o Brasil irá mesmo adquirir caças franceses para reequipar sua força aérea. E não há como enxergar uma decisão de cunho 100% político. No caso do programa F-X, o escolhido foi o Rafale francês. Dos três concorrentes, o mais caro e lento. Porém, é fato que houveram questões importantes que favoreceram o caça francês. Os americanos não deram garantia alguma de que transferiram a tecnologia de seu Super-Hornet, a SAAB ofereceu um avião que ainda não saiu do papel. Restou então o caça francês.

O Rafale. Provavelmente o novo caça da Força Aérea Brasileira.

O que o futuro reservará ao mercado aéreo internacional? É certo que toda vez que a Rússia criou uma arma, o ocidente se apressou em criar uma contra-medida. Não será diferente com o PAK-50. O que é certo afirmar, é que há uma nova ave de rapina abrindo suas asas nos céus da guerra aérea. E essa ave faz parte de uma força poderosa. A Rússia!

Qual será de fato o Novo Caça da FAB?

Posted in Geo-politica with tags , on setembro 18, 2009 by opiniaoindependente

O Dassalt Rafale

No último feriado da independência, o governo brasileiro recebeu como convidado de honra o presidente da França, Nicola Sarkozy. A visita do mandatário francês celebrou o ano da França no Brasil. Após o desfile cívico-militar, o presidente Lula e Sarkozy foram ao Itamaraty anunciar a assinatura de importantes acordos com a França, em especial nas áreas de tecnologia e defesa. Entre as declarações do Presidente Lula, a que mais gerou controvérsias foi à afirmação de que o Brasil irá comprar 36 caças do tipo Rafale. Tal afirmativa gerou um grande desconforto entre todos os envolvidos com o programa FX-2 da Força Aérea Brasileira para o reaparelhamento da força de caças. Uma verdadeira “batalha aérea” pela vaga de superioridade aérea nos céus brasileiros.

O programa FX-2 é uma licitação para a compra de jatos de combate novos e de última geração. Entre os pontos exigidos para participar da competição, os fabricantes devem garantir a transferência de tecnologia para o país. O que promoveria o desenvolvimento tecnológico da indústria aeronáutica além de prover a FAB de aparato atualizado para as realidades do século 21. Participam da licitação, Boeing, Saab e Dassalt.

O anuncio do Rafale como o vencedor do programa foi um susto para a opinião pública e  para os demais concorrentes do FX-2 visto que o anúncio oficial do vencedor está marcado para o dia 31 deste mês. Na FAB, as declarações foram recebidas com indignação. O Ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saitou, muito ofendido pela atitude do presidente, ameaçou deixar o cargo. Ato este que foi impedido pelo Ministro da Defesa. Nelson Jobim anunciou que o cronograma do FX-2 será completado com a participação de todos os fabricantes envolvidos mas confirmou que há sim, um interesse de fechar acordo com a França e que esse interesse pela compra do Rafale é de fato político.

O Rafale é um grande avião de combate e faz parte da chamada 5ª geração de caças surgida após o fim da guerra fria. Porém, a França que na chamada “Era Mirage” foi uma das maiores fornecedoras de aviões do mundo, hoje amarga a dificuldade de fechar acordo com potenciais compradores do Rafale. Países como Líbia, Emirados Árabes, Marrocos e Suíça manifestaram apenas interesse em adquirir o avião, mas a compra nunca se concluía. Uma situação que a imprensa francesa chamou de “A Maldição do Rafale”. A possibilidade real do governo brasileiro de fechar a compra com a frança é em termos econômicos uma das últimas esperanças da Dassalt. No caso da FAB, é um negócio salva-vidas. Segundo o ministério da defesa, o Brasil irá investir quatro bilhões de reais na aquisição do avião vencedor.

Quem vencerá a disputa? Muito provavelmente será mesmo a Dassalt. Visto que o Brasil tem uma antiga história de relacionamento com o fabricante frances que nas décadas de 70 e 80 aparelhou a FAB com os então modernos Mirage-III. Resta aos entusiastas da aviação e o povo olhar para o céu no dia 31 de Setembro e descobrir que “Harpia” irá reinar na defesa do espaço aéreo brasileiro.